Mdina, a cidade silenciosa de Malta que vai te fazer viajar no tempo

✨ Introdução

Você está prestes a descobrir uma das cidades mais fascinantes de Malta. Mdina, localizada no coração da ilha, combina história milenar, arquitetura deslumbrante e uma atmosfera única, que faz o visitante se sentir dentro de um filme ou de um livro antigo. E foi exatamente isso que sentimos ao caminhar por suas ruas silenciosas.

Mdina, localizada no coração da ilha, combina história milenar, arquitetura deslumbrante e uma atmosfera única, que faz o visitante se sentir dentro de um filme ou de um livro antigo. E foi exatamente isso que sentimos ao caminhar por suas ruas silenciosas.

Confesso que visitar Mdina foi uma daquelas surpresas que a gente não espera, mas que ficam na memória. Nós não sabíamos quase nada sobre a cidade, e talvez por isso tenha sido amor à primeira vista.

Neste post, além de explorar as origens e curiosidades históricas dessa antiga cidade murada, você também vai encontrar dicas práticas para a sua visita: como chegar, o que fazer, o melhor horário para ir e muito mais. Então, fique comigo até o final — vale a pena!

Mas antes, vamos mergulhar na história de Mdina. Conhecer o passado desta cidade milenar ajuda a entender por que ela é considerada um dos lugares mais especiais e simbólicos de Malta. Prepare-se para viajar no tempo antes de planejar sua visita!

📚 Índice

  1. História de Mdina
  2. Arquitetura e Patrimônio
  3. Mdina Hoje
  4. Dicas Práticas
  5. O que Fazer

1. História de Mdina

As origens de Mdina remontam a mais de 4.000 anos. Há vestígios arqueológicos em Malta (incluindo na região próxima a Mdina) que remontam ao período do Neolítico (por volta de 3.600 a.C.). Porém, a cidade como núcleo urbano surge bem depois. Acredita-se que foi originalmente habitada pelos fenícios por volta de 700 a.C., que a chamavam de Maleth

Quando os romanos tomaram Malta em 218 a.C., renomearam a cidade para Melita. Melita era o nome de toda a ilha, mas também usado para a cidade. Durante esse período, ela foi uma importante cidade administrativa. A tradição cristã afirma que o apóstolo Paulo viveu lá após naufragar em Malta por volta de 60 d.C. Para quem deseja se aprofundar ainda mais na presença romana nesta região de Malta, há em Rabat, logo ao lado de Mdina, um museu dedicado a esse período — mas falaremos sobre ele em um próximo post. 

Escultura romana do imperador Cláudio, do século I
d.C., em exposição no Domus Romana (Rabat, Malta).

Durante a Idade Média, a cidade foi fortificada e passou a ser conhecida como Mdina, uma palavra derivada do árabe medina, que significa “cidade”. Os árabes influenciaram fortemente a arquitetura e o urbanismo da cidade, criando ruas estreitas e tortuosas como forma de defesa contra invasores. Após a expulsão dos árabes, a cidade continuou a ser a capital de Malta até a chegada dos Cavaleiros da Ordem de São João em 1530.

Ruas estreitas e silenciosas de Mdina, com sua típica
arquitetura medieval em calcário, um verdadeiro
labirinto de história.

Em 1530, os Cavaleiros da Ordem de São João chegaram a Malta e estabeleceram sua base em Birgu (depois Valletta). Mdina então perdeu sua função de capital política, mas permaneceu como símbolo do poder nobre e eclesiástico. Mesmo com esse declínio administrativo, a cidade preservou seu prestígio. As famílias nobres continuaram a habitá-la, e sua atmosfera aristocrática foi mantida por séculos.

O Portão Principal de Mdina, construído em 1724,
representa a força e a nobreza da cidade após a
chegada dos Cavaleiros da ordem de são João.

2. Arquitetura e Patrimônio

Mdina é um verdadeiro museu a céu aberto, onde diferentes períodos da história se entrelaçam na arquitetura. Suas construções revelam uma mistura única de estilos normando, medieval e barroco, resultado das diversas ocupações e transformações ao longo dos séculos.

O edifício mais emblemático é a Catedral de São Paulo, reconstruída no final do século XVII após o terremoto de 1693. Sua fachada em estilo barroco, com colunas imponentes e detalhes ornamentados em calcário dourado — típico de Malta — impressiona logo na chegada. O interior é igualmente suntuoso, com altares ricamente decorados, pinturas sacras e um belo piso de mármore que marca os túmulos dos bispos da ilha.

Fachada da Catedral de São Paulo, principal símbolo
arquitetônico de Mdina, reconstruída no estilo
barroco no século XVII.

Anexo à catedral está o Museu da Catedral (Cathedral Museum), instalado em um elegante palácio barroco do século XVIII. O museu abriga uma coleção valiosa de arte sacra, manuscritos, objetos litúrgicos, moedas e antiguidades romanas, oferecendo um panorama fascinante da história religiosa e cultural de Malta.

Detalhes barrocos da fachada do Museu da Catedral de
São Paulo, um dos destaques arquitetônicos de Mdina.

Outro destaque é o Palácio Vilhena, uma elegante construção barroca do início do século XVIII. Originalmente residência do Grão-Mestre Manoel de Vilhena, hoje o edifício abriga o Museu Nacional de História Natural, reunindo exposições sobre a fauna, flora e geologia de Malta, além de aproveitar muito bem a grandiosidade e os detalhes arquitetônicos de sua estrutura original.

Fachada barroca do Palácio Vilhena, construído no
início do século XVIII, hoje sede do Museu Nacional
de História Natural de Malta.

3. Mdina Hoje

Mdina é uma das atrações turísticas mais importantes de Malta, preservando seu charme histórico e servindo de cenário para filmes e séries (incluindo Game of Thrones). Sua população é pequena, com menos de 300 residentes, o que reforça ainda mais sua reputação de “a Cidade Silenciosa” — e com razão. Embora não seja totalmente livre de carros, o acesso é extremamente restrito: apenas moradores e serviços essenciais podem circular por suas ruas estreitas. Isso cria um ambiente calmo, quase fora do tempo, onde o silêncio predomina e tudo convida à contemplação.

Passear pelas ruas de Mdina hoje é uma verdadeira
viagem no tempo — um cenário silencioso,
charmoso e praticamente intocado.
Detalhes encantadores de Mdina: fachadas floridas,
portas coloridas e o charme atemporal das
construções em calcário.

4. Dicas Práticas

Depois de mergulharmos um pouco na história fascinante dessa cidade incrível, quero agora compartilhar algumas dicas práticas — com base na nossa própria experiência — para que você possa aproveitar ao máximo sua visita a Mdina.

🕰 Melhor horário para visitar

Optamos por visitar Mdina pela manhã, e acertamos. As ruas estavam quase desertas, o silêncio predominava e a luz suave do sol realçava os tons dourados das construções. Se puder, vá cedo. É o momento ideal para sentir a essência da “Cidade Silenciosa” e capturar belas fotos. Se o sol não ajudar muito pela manhã, aproveite a cidade mesmo assim. Garanta suas fotos e vá visitar Rabat que fica ao lado. Lá visitem o Domus Romana, as Catacumbas que são atrações internas. Se o sol der o ar da graça, volte para Mdina pois no final da tarde, o pôr do sol também proporciona uma atmosfera encantadora, com a luz dourada iluminando as muralhas. Tira fotos em Mdina com a luz do sol faz toda a diferença.

🚍 Como chegar

Mdina está localizada no centro da ilha de Malta, facilitando o acesso de diversas formas:

  • Ônibus: Fomos de ônibus saindo de Valletta, e embora não seja a opção mais rápida, é super tranquilo e confortável. As linhas 51, 52, 53 e 56 partem do terminal de ônibus de Valletta (plataformas C1 a C3) e levam cerca de 30 a 40 minutos até Mdina.
  • Carro: Se preferir mais autonomia, o trajeto de carro leva aproximadamente 25 minutos de Valletta ou Sliema. Há um estacionamento pequeno logo na entrada de Mdina.
  • Táxi ou aplicativos de transporte: Uma corrida de táxi de Valletta a Mdina custa em torno de €15 a €20 e leva cerca de 20 minutos.
  • Tours organizados: Algumas agências oferecem passeios combinados para Mdina, Rabat e Mosta, o que pode ser interessante para quem tem pouco tempo na ilha.

Para mais detalhes sobre como se locomover pela ilha, confira o nosso artigo completo sobre transporte em Malta.

5. O que Fazer em Mdina

Mdina pode ser pequena, mas oferece uma variedade de atrações que encantam os visitantes:

  • Caminhar sem pressa pelas ruelas medievais:
    A melhor forma de explorar Mdina é se perder por suas ruas estreitas e silenciosas, apreciando a arquitetura e os detalhes das construções históricas.
  • Visitar a Catedral de São Paulo:
    Principal monumento da cidade, com interior ricamente decorado em estilo barroco. Você pode saber mais no site oficial da catedral.
  • Museu da Catedral:
    Anexo à catedral, abriga um acervo de arte sacra e exposições sobre a história religiosa de Malta. Mais detalhes no site da Catedral de São Paulo.
  • Palazzo Falson:
    Casa-museu que oferece uma visão da vida da nobreza maltesa, com móveis de época e coleções de arte. Saiba mais no site oficial do Palazzo Falson.
  • Palazzo Vilhena:
    Palácio barroco que atualmente abriga o Museu Nacional de História Natural. Informações disponíveis na página da Heritage Malta.
  • Mdina Dungeons:
    Museu subterrâneo que retrata a história sombria da cidade, com exposições sobre torturas e punições medievais. Veja mais no site do Mdina Dungeons Museum.
  • Carmelite Priory:
    Mosteiro do século XVII que oferece visitas guiadas, permitindo conhecer a vida monástica e a bela igreja barroca. Mais detalhes no site oficial do Carmelite Priory.
  • Bastion Square:
    Praça com vista panorâmica da ilha — ideal para apreciar a paisagem maltesa e tirar fotos incríveis.
  • Cafés e restaurantes:
    Recomendamos o Fontanella Tea Garden, conhecido por suas deliciosas tortas e vista deslumbrante sobre a ilha.
  • Observar os detalhes das fachadas:
    Portas coloridas, varandas floridas e esculturas religiosas adornam as construções, proporcionando um charme único à cidade.

💡 Dica extra

Em um único dia é possível visitar Mdina e também Rabat, que fica logo ao lado. Foi o que fizemos: depois de explorar Mdina, seguimos a pé para Rabat e visitamos o Domus Romana, as Catacumbas de São Paulo e outras atrações históricas que completaram o passeio.

✨ Conclusão

Visitar Mdina foi mais do que conhecer uma cidade histórica — foi como caminhar por páginas vivas de um livro. Com suas ruelas silenciosas, construções milenares e atmosfera quase mágica, Mdina tem o poder de nos transportar no tempo e deixar memórias que ficam. Se você estiver planejando sua viagem a Malta, não deixe de incluir Mdina no roteiro.

💬 E se você já visitou Mdina, ou ficou com alguma dúvida, compartilhe nos comentários! Vamos adorar trocar experiências com você.

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✈️ Até o próximo destino no Trilhando na História!

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