Grécia em 10 dias: roteiro por Atenas, Santorini, Naxos e cruzeiro
Como começar a descrever tudo o que vivemos nesses 10 dias na Grécia? Esse foi o maior desafio ao escrever este post. Afinal, estamos falando de um dos destinos de viagem mais fascinantes e desejados do mundo, com tanta história para contar que simplesmente é difícil decidir por onde começar.
Neste primeiro post vou resumir nossa experiência nesses 10 dias incríveis. O que deu certo? O que faríamos diferente? Viajamos na melhor época? O que mais gostamos? Como foi a gastronomia? Quais praias nos surpreenderam? E, claro, como chegar e organizar a viagem.
Finalmente, a Grécia
Depois de tantos outros destinos e de mais de dois anos morando na Europa, finalmente chegou a hora de conhecer o berço da democracia. A Grécia sempre esteve no topo da nossa lista de sonhos de viagem — afinal, quem não sonha em passar dias entre ruínas milenares, praias paradisíacas e uma gastronomia de dar água na boca? Para nós, que amamos história, visitar a Grécia não era apenas mais uma viagem — era realizar um sonho guardado há anos.
Definindo os destinos
Nosso primeiro desafio foi escolher os destinos. Atenas não podia ficar de fora, então foi o ponto de partida da viagem. Depois, tínhamos que decidir quais ilhas visitar e quanto tempo ficar. Já dá pra imaginar a dor de cabeça, não é mesmo? Depois de muita pesquisa descobrimos que não seria fácil. A Grécia tem mais de 6.000 ilhas e ilhotas, mas apenas cerca de 227 são habitadas — e isso já é suficiente para deixar qualquer viajante perdido na hora de escolher. No fim, o bom senso (e minha esposa) falaram mais alto e Santorini entrou na lista. É um destino icônico, impossível não visitá-lo na primeira vez na Grécia.

Então veio a dúvida: incluímos Mikonos e fechamos com chave de ouro? Não dessa vez. A vencedora foi Naxos. Num próximo post vou explicar por que optamos por essa ilha, mas já adianto: não nos arrependemos.

Durante nossa passagem por Atenas, decidimos dedicar um dia inteiro para um cruzeiro bate e volta pelas ilhas próximas da capital: Hydra, Poros e Aegina. Foi uma experiência completamente diferente das visitas às grandes ilhas e que levantou uma questão interessante: será que vale a pena “sacrificar” um dia em Atenas para esse passeio?
No próximo post vamos compartilhar os detalhes desse cruzeiro, os pontos altos e também os perrengues — para você decidir se inclui ou não no seu roteiro.

Montando o roteiro: Atenas, Santorini, Naxos
Destinos escolhidos, era hora de montar o roteiro. Foi aí que cometemos um erro. Como moramos em Dublin, poderíamos ter começado a viagem por Atenas e finalizado em Santorini, pegando um voo direto de lá para Dublin.
Se você mora na Europa, e se Atenas estiver no seu roteiro, minha dica é pesquisar passagens da sua cidade até Atenas e, a partir daí, usar os ferries para circular pelas ilhas. Programe-se para terminar em uma ilha que tenha voo direto para sua cidade — assim você ganha tempo e reduz o estresse.
Se você vem do Brasil, a maioria dos voos chega primeiro a Atenas (e é quase certo que ela estará no seu itinerário). Mas se as passagens diretas estiverem caras, vale pesquisar conexões inteligentes: às vezes é mais barato voar do Brasil até Paris, Roma, Madri ou outra grande capital europeia e, de lá, montar seu roteiro pela Grécia. Nesse caso, comece com Atenas e finalize em uma ilha com voo para sua cidade de retorno ao Brasil. Só não esqueça de deixar tempo de segurança: minha sugestão é estar na cidade de onde vai sair da Europa pelo menos dois dias antes do voo. Assim você evita imprevistos, descansa e ainda pode aproveitar para conhecer mais uma cidade.
Melhor época para visitar a Grécia
Viajamos no final de agosto. Foram literalmente 10 dias de muito sol e calor. Já sabíamos, pelas pesquisas e por outras viagens no verão europeu, que essa poderia não ser a melhor época. Nessa temporada as ilhas ficam cheias, não apenas de turistas de fora, mas também de gregos em férias. Além disso, tudo tende a ficar mais caro.
Então erramos? Sim e não. Nas ilhas (Santorini e Naxos) as temperaturas estavam mais amenas, com máximas de 28 graus e noites frescas. Santorini tinha bastante turista, mas nada que atrapalhasse. Já Naxos estava bem mais tranquila. Atenas, por outro lado, foi um desafio: muito calor (25 a 32 graus, e acredite, às 22h ainda fazia 30!), muita gente e muitas ladeiras. Apesar do transporte público, é preciso andar muito para conhecer a cidade.
Com base na nossa experiência, se puder, evite a alta temporada (julho e agosto), especialmente se for focar em Atenas. Mas se a ideia for curtir só as ilhas e praias, agosto é maravilhoso: muito sol, calor e uma vibe incrível.

Gastronomia
A culinária grega foi uma das grandes surpresas da viagem. Não dá para resumir tudo em poucas linhas, mas já adianto: comer bem por lá é quase inevitável. Das tavernas mais simples aos restaurantes mais modernos, sempre encontramos pratos frescos, saborosos e bem servidos. Experimentamos tanto receitas tradicionais quanto versões mais contemporâneas da cozinha local. E posso garantir: seja na simplicidade de uma moussaka ou em pratos mais elaborados, a gastronomia grega conquista logo na primeira garfada.

Em breve vou compartilhar um post só sobre as comidas típicas que provamos, com dicas de restaurantes em Atenas, Santorini e Naxos. Mas já deixo esse prato como aperitivo para abrir o apetite.
Este foi apenas um gostinho da nossa viagem pela Grécia em 10 dias. Nos próximos artigos vou detalhar cada etapa, começando por Atenas — da Acrópole ao Museu Nacional de Arqueologia. Depois seguimos para Santorini, Naxos, gastronomia e o cruzeiro.
Tem mais fotos e bastidores no nosso Instagram @trilhandonahistoria.
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